domingo, julho 01, 2012

Acto III

David partilha as suas últimas palavras com Verónica e encontra paz no seu coração




Mais uma noite



"Passei demasiado tempo a defender o meu passado

Não encontro força na verdade, quando tudo está acabado

Nunca disse que era um herói, apenas sou um inadaptado.


Durante toda a provação de ser acusado

A minha defesa substituiu o amor que eu havia amado

Simplesmente não me deixaram sentir saudade.


Mas eu passaria por tudo outra vez

Eu percorreria a aridez…   se isso me desse a oportunidade, de matar a saudade, de ter-te nos meus braços e guardar-te nos meus sonhos.


É duro ter-te deixado partir!

Posso estar sozinho mas vou sempre sentir…    que nunca desapareceste, enquanto eu segurar as memórias, que construímos quando estávamos a namorar.


Eu acreditaria na mentira só para sentir a tua saliva

Sei que tentar esquecer-te manteve-te cativa

Nunca quis estar certo, apenas queria ver-te viva.


Então leva a minha visão  – ela é o vento no meu deserto!

Leva o meu toque -  eu sei que ela está perto…    nas canções dos pássaros, traduzidas em palavras, eu lembro o sabor dela no sol que escurece a minha pele

Então despe-me de mim – eu não quero ser real!

Eu quero flutuar através desta paz celestial…     as memórias ficam, como uma semente à chuva, eu vou acarinhar o nosso amor, e revivê-lo depois da curva, ela está viva na minha mente por isso vivo lá constantemente a lembrar o nosso amor!"


“Palavras à parte, David sabes que continuo a amar-te

Quero que cresças, mas nunca me esqueças

Serei uma semente no teu coração, estarei junto a ti durante a depressão

A tua vida brotará como uma flor, e cada pétala aliviará a minha dor, e as cores vão resplandecer só pra te dizer que amei-te de forma desesperada,
agora posso ir descansada…”


"Senti o teu cabelo no meu peito, assim que a tua morte encontrou um leito
Está tudo ligado à rotação, do mundo onde escrevo esta canção
Talvez nunca me despeça de ti
Continue a fingir que ainda hoje te vi
Mas eu não podia continuar a viver
Num mundo que não consigo compreender
Sabes, se fosse possível, eu tornar-me-ia invisível

Escondia as minhas cicatrizes, relembrava tempos felizes
Observei aquele sol a desaparecer, e no horizonte voltar a aparecer
E nessa graça permanente, vejo a tua cara reluzente
Agora que já te vi a morrer, posso finalmente dizer
Que se estivesses aqui presente, amar-te-ia como antigamente
Já aconteceu tudo antes, e vai voltar tudo a acontecer
Quando te apercebes que o fim é o mesmo sítio que te viu nascer
Cheguei ao fim do meu discurso, estou farto de representar este papel
Eu não quero ter razão, só quero mais uma noite
Eu não quero ter razão, só quero mais uma noite
Eu não quero ter razão, só quero mais uma noite"