terça-feira, setembro 15, 2009

Lift me Up Moby Live @ Porto

Fantástico o concerto que Moby deu no Parque da Cidade do Porto no passado sábado, dia 12 de Setembro de 2009.

Em boa hora me decidi a marcar presença. No inicio do tema, Moby pede desculpa pelos 8 anos de governação de Bush que colocou o mundo contra os USA.

Espero que perdoem o ruído...é que pular e filmar ao mesmo tempo não dá mesmo bom resultado.

segunda-feira, agosto 31, 2009

Música de Moçambique (2)

País do Marrabenta, dança e género músical tradicional de Moçambique e que se pode ver nas discos e bares de Maputo.

"Dança Moçambicana Marrabenta"

Música de Moçambique (1):

Vou colocar aqui alguns temas da música que se faz em Moçambique... Começo com um rap de Gprofam, que revela um pouco das imagens e da realidade do país onde nasci.

Autor: Gprofam
Título: País da Marrabenta

domingo, abril 05, 2009

Deloused in the Comatorium 3 - Roulette Dares (This is the Haunt of)

3 - Roulette Dares (This is the Haunt of)

Transient jet lag ecto mimed bison
This is the haunt of roulette dares
Ruse of metacarpi
Caveat emptor... to all that enter here

Open wrist talks back again
In the wounded of its skin
They'll pinprick the witness
In ritual contrition
The a.m. trinity fell upon asphyxia-derailed
In the rattles of...
Made its way through the tracks
Of a snail slouching whisper
A half mast commute through umbilical blisters
Spectre will lurk
Radar has gathered
Midnight nooses from boxcar cadavers

Exoskeletal junction at the railroad delayed
Exoskeletal junction at the railroad delayed

It's because this is...
Cranial bleeding
Leeches train the living
Cursed are they who speak its name
Ruse of metacarpi
Caveat emptor to all that enter here

Exoskeletal junction at the railroad delayed
Exoskeletal junction at the railroad delayed

It's because this is
Rattling the laughter
Hinges splintering inside
Bludgeoned to a saddle
Rang the cloister bell inside
inside
inside

exoskeletal junction at the railroad delayed
exoskeletal junction at the railroad delayed

it's because this is...

2.

Agora os obstáculos, definhando em tamanho e forma. Pareciam atirar-se ao seu corpo, inseminando uma desorientação passivo - agressiva que iluminava o seu cabelo a partir da raiz enterrada. Mala suerte que o reduziu a um estado de beligerância incoerente. A fim de não se adicionarem aos demónios que percorriam os canais do seu nervo óptico, as pessoas mudavam de passeio quando o viam hipnotizado. A sua língua tornara-se um cacho de dobradiças incapaz de terminar frases. No entanto, podíamos ouvi-lo cantar no seu sono, “con cada cuerpo que estranes mas, este varco se olvido como a nadar”. Ele havia sido salvo noutras ocasiões, mas esta iria arrasar a edificação que tinha construído a partir do seu interior. Inconvencional e inegável. Um megafone Trémulo chama…

Muitas eras se sucederam até que a assembleia do Metacarpo Trémulo decidisse eleger um novo líder, e quem melhor do que o acima mencionado neo infiel conhecido por Cerpin Taxt, provavelmente a mais solitária caricatura de homem que nós, os Trémulos, alguma vez vimos. Através de uma febre imensa, escolhemos os excertos irradiados da biblioteca das meias verdades. Um livro de impacto suspenso. Um manual que ensinava sedução através da arte do suicídio. Um vazio de ultimatos crassos, sem capítulos, adoptando arbitrariamente a colheita de sangue das conversões humanas. Cada página enrolava-se à volta de Cerpin, penetrando-o, violando-o…Pois foi pela sua mão que fomos condenados a viver congelados em imagens doentes num papel cor de osso; Pelo ritual artístico que lhe gerou os seus únicos filhos. No entanto este trapeiro nada sabia dos seus descendentes, aqueles que havia abandonado numa constipação sub – aquática. Portanto tudo começou com um duro carinho de amor vindo da Nevralgia de Cerpin, que o convocou através de um mandato de captura escarrapachado na tela da sua face…de modo a administrar-lhe um despacho de admissão temperado com morfina. Os portões de Thanos estavam agora abertos, como as asas de uma águia em voo picado.

Eu pintei o meu corpo com o negro das minhas próprias cinzas. Não vejo o interruptor quando as luzes são desligadas, desde os seus canais de cortes no pulso. Não sinto o meu caminho para lá do óbvio…há que tratar bem o pescoço…adorná-lo com uma perfuração…Eles imaginaram-me espancado e desfigurado, estendido numa passadeira de prazos esgotados. Eles chamam-me:

“Tu foste trazido até aqui pelas tuas próprias artimanhas. Aí permaneces ensopado em culpa, uma sentença que não podes negar. No mundo exterior encontrarás um destino bipolar. Aqui serás banido pelo crime de tentativa. Embarca neste veículo oculto, serás levado a fim de servires a tua pena”, falou a suave voz infantil, o estratega deste purgatório. Os eternos leprosos cantavam num ritual de auto martírio, acompanhados pelo fender de velas de vidro: “Os túneis vão-te mostrar um percurso de fuga arrependida”, choravam, “no qual atingirás um tal medo que reflecte uma visão que está mais próxima do que aquilo que parece”, continuavam os leprosos, “no teu sono encontrarás a derradeira mentira…a insignificância de outros…”

E esta era a sua sentença. Uma receita não preenchida foi deixada na minha mão. Afinal o que é que eu tinha feito? Não me conseguia lembrar. Para onde ia? Os leprosos haviam falado e por toda a assembleia os olhares condenavam-me. Eles prepararam o veículo no qual eu iria viajar. Encheram-no de amebas que iriam activar o sistema de piloto automático, prenderam-me um cinto de aracnídeos que formigavam o meu rosto e penetravam na minha boca. Assim que as aranhas amarraram o meu corpo comecei a sentir o sangue dos meus olhos. Senti o meu equilíbrio trocar de lugar com os meus pulmões. Os meus pés tornaram-se chão, as minhas costas romperam-se em lábios de latitude, batendo asas que dariam início ao processo efémero de me converter numa larva em hibernação impelida a jacto. Eu torci-me, vomitando uma sensação de rigidez cadavérica, e depois aconteceu. Uma torrente de lama espessa e florescente disparou com toda a força e afundou-me através da dimensão do espaço e do tempo. Os leprosos haviam sido bem sucedidos na sua tarefa de castigar as minhas acções de instabilidade. As suas canções de excomunhão chegavam até mim através de uma sonda de infravermelhos. Atirado para o pesadelo dentro do meu cérebro impuro. Foi a tentativa que caiu vitima destas algemas neste voo infinito. “Impeso en la sala de tivrones, un pais escrito com el noche”. A minha primeira tentativa vai-me inutilizar e deixar-me às portas da atrofia, estas son las viages antes que me fui…” – Cerpin Taxt


de loused in the comatorium storybook 2ª parte

Deloused in the Comatorium 1 - Son et Lumiere ; 2 - Inertiatic ESP

1 - Son et Lumiere

Clipside of the pinkeye flight
I'm not the percent you think survives
I need sanctuary in the pages of this book
Gestating with all the other rats
Nurse said that my skin will need a graft
I am of pockmarked shapes
The vermin you need to loathe


2 - Inertiatic ESP (inc.)

Now I'm lost,
Now I'm lost,
Now I'm lost,
Now I'm lost.

Last night I heard lepers,
Flinch like birth defects,
It's musk was fecal in origin,
As the words dribbled off of its chin,

It said,
I'm lost,
I'm lost,
Now I'm lost,
Now I'm lost.

Now I'm lost,
Now I'm lost,
Now I'm lost,
Now I'm lost.

Dolls wreck the minced meat of pupils,
Cast in oblong arms length,
The hooks had been picking their scabs,
Where wolves hide in the company of men.

It said,
I'm lost,
I'm lost.

Now I'm lost,
Now I'm lost,
Now I'm lost,
Now I'm lost.

Are you peeking in the red?
Perforated at the neck,

What of this mongrel architect,
A broken arm of soon will set,
Past present and future tense,
Clipside of the pinkeye fountain.
What of this mongrel architect,
A broken arm of soon will set,
Past present and future tense,
Clipside of the pinkeye fountain.

Now I'm lost,
Now I'm lost,
Now I'm lost,
Now I'm lost.

It's been said,
Long time ago,
You'll be the first and last to know,
You'll never know,
You'll never know,
You'll never...

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Elderly Man Behind The Wheel In A Big Truck

Aconteceu!...30 e tal anos depois de certa família ter feito o check-in no nº 845 da rua 33 em Espinho, aconteceu.

O caminho foi longo e sinuoso, as estradas foram os albergues dos sonhos, das desilusões, das fantasias...as estações de serviço foram meros oásis num deserto de emaranhados de asfalto.

Mas no dia 6 de Janeiro de 2009,eu acabadinho de chegar à citada morada, Lette recebe um telefonema estranho: "estou na Rechousa. Venham-me buscar, não sei ir aí ter". Rechousa, ah...as recordações. Foi um local cujos mistérios se desvendaram aquando da minha passagem, nos meus tempos áureos como colaborador da Sonae.
Tornei-me, para variar, útil e disse: "Eu vou buscá-lo".

E fui. Resgatei um pária, uma espécie de "candle in the wind", um cigano pálido cuja casa é a estrada, cujo Renault Trafic é uma baleia de 16 rodas, sempre sujeita ao incómodo do estacionamento, da manobra, dos impropérios proferidos pelos acomodados da era cavaquista, um carro por cidadão...

Em Espinho, antes de ir à consagrada morada, pausa para uma cerveja, enquanto se espera pelo pito assado. Aquele líquido dourado acompanhará para sempre os momentos de amizade, a melhor publicidade...Depois, a irmã, o cunhado, o frango...Obviamente, havia assuntos familiares que não podiam deixar de ser abordados. Alguns pertinentes e urgentes, outros apenas são pensados nestes encontros. É o que vale, apenas são recordados nas visitas. Durante o resto do ano são inconsciente e convenientemente ignorados. Digo eu, e eu digo muitas asneiras.

Ainda faltava visitar o sobrinho mais velho, herdeiro da bicicleta perdida nas areias de Espinho, por um progenitor "oblivious". Do frio para o quentinho, ele lá falou, falou...Por momentos teletranportei-me para a quimera de uma boleia de milhares de quilómetros sem destino, até os joelhos atrofiarem e eu finalmente sair...Até ficávamos por lá, mas o dia começava cedo para todos.

Viagem final, pelo frio da noite, até ao paquiderme de 16 rodas, onde finalmente apartariamos os nossos destinos. Deixei-o lá, na cabine que fazia lembrar uma qualquer sala de estar de média burguesia, na qual ele aprestou-se para ser engavetado e dormir um sono conquistador...ali, na Rechousa. Sítio, entre muitos por onde andas,(e neste momento Sines é certamente um deles), do mais merdoso que existe. Não te esqueças de aparecer mais vezes!