Há dias estive a rever um filme engraçado, "Gorillas in the Mist", baseado no livro homónimo que narra as aventuras da Dian Fossey, uma americana que passou vários anos no Rwanda a viver no seio de uma comunidade de gorilas, afim de os estudar. Como seria de esperar, a afeição emotiva pelos animais foi crescendo (caso contrário não se fazia o filme), e a senhora tentou a todo o custo combater a caça furtiva, que na altura era negócio a florescer por aquelas bandas. Há sempre alguém disposto a pagar balúrdios por uma mão ou cabeça de um gorila para ornamentar a sala de estar. Um momento intenso no filme foi quando ela interceptou a transacção de um espécime jovem, pegando no gorilita ao colo e irrompendo por uma sala de jantar de gala armando escabeche e dizendo das boas ao ricaço que ia comprá-lo. Ele tinha uma licença do governo do Rwanda, a Dian foi obrigada a ceder o animal, mas ressalvou que 5(!) gorilas foram mortos ao tentar proteger aquela cria.
Quando a mãe gorila teve a cria deve ter pensado: que bom, este bébe é mesmo desejado, e toda a gente vai ajudar a criá-lo, a dar-lhe de comer e, se for preciso, a morrerem para o proteger. Numa sociedade assim não há razões para uma fêmea não poder ou não querer (mesmo assim...) ter bébés.
A dada altura na História da humanidade nós também éramos assim. Parecidos com os gorilas. Fomos evoluindo (it´s evolution baby!), mas a mulher permaneceu na mesma - bébés e tratar da casa. Séculos passaram, descobriu-se o fogo, inventou-se a imprensa, mulher na mesma - bébés e casa. Mais anos passaram, homem na lua, 3º milagre de Fátima revelado, Benfica outra vez campeão e...a mulher?? Bem, pode votar, ter emprego, saír à noite mas...se engravidar perde o emprego, não pode saír à noite, vota numa p...de uma lei que, dependendo dos casos, a deixa entre a espada e a parede e com poucas semanas para decidir algo que a vai afectar para toda a vida...e ainda pode ter o azar do marido lhe pôr os ...
Desde a concepção até ao momento em que o feto, embrião vê a luz do dia, percorrem-se 9 meses, e, provavelmente, podemos falar de uma vida humana. Será assim à luz da Biologia e da Ciência. Mas o mundo de hoje não deixa grande espaço de manobra para o ser humano enquanto animal biológico, instintivo, e, como os gorilas, afectivo. E, na minha opinião, ter um filho parece ser algo que abala (não necessariamente no sentido pejorativo), vários domínios da vida de uma pessoa, como o familiar, o conjugal, o social, o estado psíco-físico, o sexual, o profissional, o criminal...Denominador comum de todas estes factores? Madre. Ela é que se f...E quanto mais pobre...
Amiguinhos, nada de confusões: Se os homens pudessem engravidar, esta m...estava resolvida há muuuiito.....
1 comentário:
n percebo essa referência ao benfas. nessa altura era o sporting o campeao crónco e o maior clube portugues
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