Acto III
David partilha as suas últimas palavras com Verónica e encontra paz no seu coração
Mais uma noite
"Passei demasiado tempo a defender o meu passado
Não encontro força na verdade, quando tudo está acabado
Nunca disse que era um herói, apenas sou um inadaptado.
Durante toda a provação de ser acusado
A minha defesa substituiu o amor que eu havia amado
Simplesmente não me deixaram sentir saudade.
Mas eu passaria por tudo outra vez
Eu percorreria a aridez…
se isso me desse a oportunidade,
de matar a saudade, de ter-te nos meus braços e guardar-te nos meus sonhos.
É duro ter-te deixado partir!
Posso estar sozinho mas vou sempre sentir… que nunca desapareceste, enquanto eu segurar
as memórias, que construímos quando estávamos a namorar.
Eu acreditaria na mentira só para sentir a tua saliva
Sei que tentar esquecer-te manteve-te cativa
Nunca quis estar certo, apenas queria ver-te viva.
Então leva a minha visão
– ela é o vento no meu deserto!
Leva o meu toque - eu
sei que ela está perto… nas canções dos
pássaros, traduzidas em palavras, eu lembro o sabor dela no sol que escurece a minha pele
Então despe-me de mim – eu não quero ser real!
Eu quero flutuar através desta paz celestial… as memórias ficam, como uma semente à
chuva, eu vou acarinhar o nosso amor, e revivê-lo depois da curva, ela está viva
na minha mente por isso vivo lá constantemente a lembrar o nosso amor!"
“Palavras à parte, David sabes que continuo a amar-te
Quero que cresças, mas nunca me esqueças
Serei uma semente no teu coração, estarei junto a ti durante
a depressão
A tua vida brotará como uma flor, e cada pétala aliviará a
minha dor, e as cores vão resplandecer só pra te dizer que amei-te de forma
desesperada,
agora posso ir descansada…”
"Senti o teu cabelo no
meu peito, assim que a tua morte encontrou um leito
Está tudo ligado à rotação, do mundo onde escrevo esta
canção
Talvez nunca me despeça de ti
Continue a fingir que ainda hoje te vi
Mas eu não podia continuar a viver
Num mundo que não consigo compreender
Sabes, se fosse possível, eu tornar-me-ia invisível
Escondia as minhas cicatrizes, relembrava tempos felizes
Observei aquele sol a desaparecer, e no horizonte voltar a aparecer
E nessa graça permanente, vejo a tua cara reluzente
Agora que já te vi a morrer, posso finalmente dizer
Que se estivesses aqui presente, amar-te-ia como antigamente
Já aconteceu tudo antes, e vai voltar tudo a acontecer
Quando te apercebes que o fim é o mesmo sítio que te viu
nascer
Cheguei ao fim do meu discurso, estou farto de representar
este papel
Eu não quero ter razão, só quero mais uma noite
Eu não quero ter razão, só quero mais uma noite
Eu não quero ter razão, só quero mais uma noite"
Sem comentários:
Enviar um comentário