quinta-feira, maio 17, 2012

Acto I

amor, depois a tragédia abate-se sobre a cidade




Rainha de Copas


O sol nasce acima da fábrica, mas os raios não iluminam a rua
Pelos portões passam os empregados, abatidos por uma vivência crua
Um grupo de comunas distribui panfletos aos trabalhadores a entrar
Para duas pessoas naquele pavimento, a vida iria mudar
Quando ela colocou-o na sua mão, todos devem ter visto as sensações
Nenhum deles entende o que aconteceu aos seus corações

“Outra manhã neste sítio desviou-me do meu objetivo
Vejo que a vida é um desperdício enquanto a chaminé liberta um fumo evasivo
Mas uma coisa em tudo isto é que nada vai mudar
Parece que o nosso progresso emperrou e cada dia perde o paladar
Ela colocou-o na minha mão. Os meus colegas viram a sensação
Eu não conseguia entender o que havia acontecido ao meu coração.
Olá o meu nome é David, o teu nome é Verónica.
Vamos ficar juntos, vamos apaixonar-nos
Olá o meu nome é David, o teu nome é Verónica
Vamos ficar juntos, até que as estrelas desapareçam
E tudo o que precisamos é de alguma coisa para dar
A barragem rebentou, de repente estamos a respirar
Sem o nó na garganta, a vida está a retornar
Sem o nó na garganta, vamo-nos emocionar”

“A aurora nasce nesta cidade e para mim nasce um novo amanhecer
Não suportava o sofrimento dos desfavorecidos, tentava sorrir com os dentes a ranger
Agora temos que nos unir e libertar-nos das algemas da derrota
Unidos venceremos, eles ouvirão o nosso grito de revolta
Coloquei-o na sua mão, os camaradas viram a sensação
Eu não conseguia perceber o que havia acontecido ao meu coração
Olá o teu nome é David, eu sou a Verónica
Vamos ficar juntos até que a água nos engula
Olá deves ser o David, eu sou a Verónica
Vamos ficar juntos, até que estejamos todos finalmente esmagados”

“E tudo o que precisamos é de alguma coisa para dar
A barragem rebentou, de repente estamos a respirar
Sem o nó na garganta, a vida está retornar
Sem o nó na garganta, vamo-nos emocionar!”


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